Os últimos relatórios apresentados pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) mostram que o setor imobiliário viveu um incremento nos lançamentos e vendas de imóveis em 2021. O número de unidades lançadas neste ano está 24,59% maior que em 2019. Já a venda de imóveis novos cresceu 42,29% nesta mesma base de comparação. Somente a oferta teve queda no período: -3,39%. “Apesar do resultado de incremento no lançamento, o resultado para estoque caiu, o que significa que esgotaríamos o estoque em nove meses e meio. Por isso, é extremamente necessário a ampliação de novos lançamentos”, afirmou Martins. Esse resultado impactou positivamente o segmento de portas de madeira que obteve uma demanda estável no período.
O preço dos imóveis foi apresentado pelo presidente da CBIC como o ponto de preocupação, afinal ele deve sofrer reajuste nos próximos meses. A curva de materiais e equipamentos segue em crescente e não manifesta nenhuma tendência de queda, o que é preocupante. Aguarda-se aumento nos preços dos imóveis nos próximos meses em função dessa enorme e persistente alta nos insumos”, explicou.
Para o próximo ano, o estudo da CBIC projeta um crescimento de 2% na construção, caso a economia brasileira cresça entre 0,5 e 1,0%. O crescimento inferior ao de 2021 se deve, de acordo com a entidade, pela alta das taxas de juros dos financiamentos, a queda do poder de compra da população e o mercado de trabalho fragilizado.
O presidente da CBIC, afirma que para 2022, o crescimento será sustentado pelas obras que já estão contratadas e, especialmente, pelo incremento nos investimentos públicos e privados em infraestrutura, principalmente em programas de logística e transporte. Essas ações, segundo ele, vão impulsionar as atividades do setor e não será possível manter o atual nível de desempenho se não forem tomadas medidas urgentes para repor a capacidade de compra das famílias de baixa renda, com enorme risco de retrocesso na atividade. “O ciclo precisa ser contínuo ou alimentado por novos negócios. Com a elevação dos juros do crédito habitacional, o crescimento do mercado imobiliário será inferior ao deste ano. Esperamos medidas por parte do governo para diminuir essa perda de compra daquelas famílias que mais precisam de moradia”, concluiu.
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