A previsão é de que em 2021 as empresas formais do setor cresçam em média 4,1%, e o segmento de autoconstrução e reformas, 3,5%
Durante entrevista coletiva virtual à imprensa, o presidente do SindusCon-SP, Odair Senra, e o vice-presidente de Economia da entidade, Eduardo Zaidan divulgaram uma projeção de que o PIB (Produto Interno Bruto) da construção brasileira deverá crescer 3,8% em 2021, após registrar uma queda de 2,5% em 2020. A previsão é de que em 2021 as empresas formais do setor cresçam em média 4,1%, e o segmento de autoconstrução e reformas, 3,5%.
Odair Senra afirmou que boa parte do crescimento projetado da construção se dará para atender os contratos firmados neste ano nos lançamentos dos empreendimentos. Segundo ele, o crescimento do segmento de incorporação é resultado de fatores como juros baixos dos financiamentos imobiliários e o desejo das pessoas de morar bem valorizado a partir da pandemia.
Apesar da expectativa de alta, Eduardo Zaidan apontou que os aumentos de preços de materiais de construção são um dos fatores que podem prejudicar a atividade da construção em 2021. A alta deve continuar no primeiro trimestre. Para Zaidan, o maior problema é a imposição ao mercado dos preços de produtos feitos por poucos fabricantes e que não têm concorrência externa. Segundo ele, isso auxilia também a baixa produtividade da economia, que torna a produção nacional cara, além do câmbio que elevou o preço de alguns insumos.
Além da alta nos preços dos materiais, outro fator prejudicial para o setor da construção é a situação fiscal do país, somada à ausência de reformas. “Essas lacunas nos levam a uma expectativa de baixo crescimento no próximo ano, o que está diretamente ligado à lenta recuperação do mercado de trabalho e da renda”, afirmou Zaidan.
Segundo ele, as obras de infraestrutura dificilmente contarão com uma recuperação expressiva, por falta de recursos de governo e por conta da sinalização de um cenário econômico instável para atrair investimentos externos.
“Se o Brasil não resolver sua questão econômica, a construção terá grande dificuldade. Que se faça um arranjo no qual caibam as demandas e que possam voltar a ter reformas do Estado, mais redistributivas, e critérios para gastar bem os recursos arrecadados. É isso, e não se fazer uma reforma juntando dois impostos para simplesmente arrecadar mais”, completou o vice-presidente.
Fonte: AeCweb
(Foto: potowizard/ Shutterstock)
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