Construção civil encerra ano com balanço positivo

A construção civil brasileira chega ao final de 2020 com um resultado positivo, mesmo diante das adversidades causadas na economia pela pandemia do coronavírus. Segundo dados divulgados pelo IBGE, o crescimento no terceiro trimestre do ano em comparação ao trimestre anterior foi de 5,6%. O crescimento foi o maior registrado desde o início de 2014, o que mostra a importância do setor para a economia nacional em um momento tão complexo.

A análise divulgada pelo Informativo Econômico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), elaborado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), revela que o desempenho só não foi melhor devido à alta nos preços e por desabastecimento de insumos como tubos e conexões de PVC, vergalhões, tubos e conexões de ferro e aço, condutores elétricos, cimento e bloco cerâmico. O custo com matérias e equipamentos subiu 14,49% nos dez primeiros meses do ano, conforme dados do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getúlio Vargas.

Quanto aos lançamentos, o crescimento no terceiro trimestre de 2020 foi de 114,1%, quando comparado ao segundo trimestre deste ano. O número, segundo a CBIC, representa os lançamentos represados antes da pandemia. Se o período for comparado a 2019, houve uma redução de 10,5%. Os dados divulgados pela Câmara mostram ainda que, considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, a oferta se esgotaria em 10 meses.

A expectativa do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), é de que em 2021, a construção cresça 3,8%.

Com informações da CBIC e Sinduscon-SP
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